Futebol é amor.
O clube e o jogo é parceiro para a vida, e as semelhanças são sentidas.
As nossas relações com os nossos clubes ultrapassam qualquer visão de passatempo, negocio ou interesses para algum benefício.
Uma entidade exterior, o negocio de milhões, torna-se parte das nossas identidades.
Moderniza-se o jogo e o mundo mas a conexão e comportamento de milhares contem uma caraterística primitivo, mas belo.
Agarra-se, e torna-se impossível largar.
Futebol é amor.
Sente-se cada momento na pele.
A felicidade. A tristeza.
A preocupação com o 'bem-estar’.
O esforço para priorizar o merecedor na agenda.
‘Hoje não da, hoje joga o…’
O esforço financeiro para acompanhar.
Acompanhar é dedicação inacreditável, combater quilómetros e horários indecentes para lá estar em todas.
Existem relações de longa distância. Podem criar as melhores memorias da vida.
Como se fosse a única coisa que interessasse no momento, afeta-nos tanto.
Os nossos sentimentos sobre a atualidade e realidade daquilo que se vive decidem o ‘mood’ do dia e semana.
Surpreende-nos constantemente com imprevistos. O mais inesperado e ridículo. Algo nem digno da Disney ou Netflix pela beleza do suposto ‘impossível’; desejamos tanto aquele momento, com aquele ‘ser’.
O nosso parceiro é como um clube - também sofre de toxicidade de quem lidera (a ‘cabeça’).

Nada é perfeito - existem discussões. Por vezes, acabem em arrependimento…
Mentiras são universais - é fácil julgar, mas nunca-se sabe realmente aquilo que aconteceu, apenas perspetivas.
Errado ou certo? Acabou-se em separação, algo certamente aconteceu…
Declarações nas costas raramente acabam bem…
Este amor retira e enaltece o melhor da humanidade.
Unir desconhecidos, criar família. Amizades para a vida. Esforço coletivo para momentos arrepiantes e realmente bonitos.
Mas igualmente, o pior.
Momentos de barbaridade que nem merecem ser descritas.
Ensina-nos a importância da maturidade.
De valores.
De coerência.
De esforço e dedicação.
Comunicação transparente e direta é necessário.
Com ou sem intuito de magoar.
Traição neste mundo é relativo na perspectiva do traidor. Pode-se sentir traído/a, enquanto o outro partido apenas visualiza outro futuro com quem menos consegues suportar, quem menos esperamos.
Nem todos conseguem dormir de consciência tranquila. Nem sempre respeitou-se.
Fica à vista de todos, acaba-se por descobrir os detalhes e motivos.
Quem não se lembra da primeira vez que ficamos com o coração partido em milhões de pedacinhos nas mãos? O primeiro sofrimento…
Marcados na memoria, tristeza eterna.
A primeira desilusão. Aquele falhanço.
Queríamos tanto o sucesso.
Inesperado, imperdoável, onde o mundo acaba no momento.
Mas vale a pena pelo primeiro golo que marcamos. Onde, quando, quem. As primeiras impressões e interações são universais.
Amor a primeira vista.
Ou nem tanto.
O nosso primeiro amor. Como éramos carentes de vê-los, ganhávamos os maneirismos e identificávamos com os seus atributos.
Depois, é seguir em frente. Nem sempre acaba-se em inimigos, mas é comum, apesar da historia vivida e sacrifício feito. Como eles dizem, nada dura para sempre.
(Menos as exceções, lendas fiéis)
Muitas vezes destaca-se o arrependimento. Podem-se enganar nas ambições. Por vezes perdem a noção de onde foram formados, de onde casa realmente é.
O que se perdeu, e pode-se ter perdido com uma decisão errada ou pensamento antecipada…
Na sua raridade infeliz, o bom filho a casa torna e o pesadelo de cada apaixonado acaba com um sonho - uma linda história.
Por vezes, vê-se que mudaram, aquela imagem ao que agarramos já não existe e é melhor largar. Quer-se ou não o regresso.
Fala com adeptos do futebol Português. Superar é natural. Supera-se, sempre. Ninguém é insubstituível. Cada um tem aquilo que merece no fim.
Traduz-se na mentalidade ‘Zero Ídolos’.
O único amor que é garantido para a vida.
A nossa identidade exterior.
O nosso clube.
Por vezes, nem isso.
Mas estamos felizes na ilusão; o melhor é viver e ficar submerso do sentimento durante os 90 minutos que é a vida.
Reclama-se, exige-se mais, como tudo na vida existem positivos, negativos, ‘cimas e baixos’, mas o amor permanece eternamente.
Kevin Fernandes
As últimas do projeto:
Os Panenka: Gil Vicente e Futebol Português (c/ Vítor Campelos)
+ Europa à Panenka: RB Salzburg & Napoli
Modo Carreira: Futuro e Gestão de Expectativas.
Spaces 78: Supertaça: Benfica, Porto e Confusão
Letra e Vírgula:
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