O melhor de Portugal ainda está para chegar
A seleção nacional venceu o Vietname, e conquistou a primeira vitória num Mundial Feminino
A Seleção Nacional Feminina fez história, esta quinta-feira, ao conquistar o primeiro triunfo num Mundial de Futebol Feminino. Com golos de Telma Encarnação e de Kika Nazareth, Portugal venceu a seleção do Vietname, por 2-0, e conquistou os primeiros três pontos portugueses da sua história, em Campeonatos do Mundo. Depois da sensação que era possível ter deixado outra imagem na derrota com os Países Baixos, Francisco Neto operou uma verdadeira revolução na escalação inicial com sete alterações no onze inicial, com destaque para a presença de Andreia Jacinto, Kika Nazareth e Telma Encarnação, três nomes que são o presente e o futuro do futebol feminino português.
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Desde o início que a Seleção Nacional demonstrou ao que veio: pressionou alto, apresentou as linhas subidas e quando não tinham a posse de bola procuravam logo condicionar a saída de bola do adversário. Apresentou-se num 3-4-1-2, um sistema de três centrais com Ana Borges, Carole Costa e Ana Seiça, e as alas entregues a Lúcia Alves e Joana Marchão, num meio-campo onde Andreia Jacinto era a “maestrina”, ela que se demonstrou essencial para abrir o jogo com a sua visão de jogo e passes em profundidade. Kika Nazareth era o elo de ligação do meio-campo com o ataque, onde Telma Encarnação e Jéssica Silva foram uma verdadeira dor de cabeça para as defesas adversárias. A avançada madeirense desde o início demonstrou que não queria deixar a primeira vitória de Portugal por mãos alheias, e desde cedo que era um seta apontada à defesa vietnamita, sendo natural a chegada ao golo à passagem do minuto sete; o segundo chegou pouco depois, ainda nem meia hora tinha decorrido, por Kika Nazareth. Feito o dois zero, as expectativas de todos aqueles que estavam a ver o jogo seria o avolumar do resultado, contudo Kim Thanh Tri, guarda-redes vietnamita disse presente e bloqueou todas as restantes oportunidades lusas. Tentou Jéssica Silva, Lúcia Alves, Joana Marchão, e quase todas as jogadoras lusas; mas quando não era guarda-redes adversária, era a barra, que impediu por duas vezes, que Joana Marchão festejasse; a falta de acerto da equipa lusa era visível e o resultado não mais se alterou. A história já estava feita e Portugal escreveu mais um capítulo único na sua história, um final de jogo com festa lusa, onde “o melhor de mim”, de Mariza a ecoou por detrás deste momento histórico a demonstrar que “o melhor de Portugal está para chegar”.
O presente e o futuro de Portugal é delas:
Andreia Jacinto
Andreia Jacinto, Kika Nazareth e Telma Encarnação foram as três melhores em campo nesta manhã, e são também as mais jovens jogadoras das 23 convocadas de Francisco Neto. Três jogadoras que dispensam apresentações: comecemos pela Andreia Jacinto, média de 1,70, mas que se destaca sobretudo pela leitura de jogo, capacidade de executar passes em profundidade com perfeição e que oferece magia sempre que toca na bola; manda no meio-campo pela executa todas as tarefas em que se impõe seja a executar cortes pelo chão, seja a afastar as adversárias com um gesto técnico.
Kika Nazareth
Dotada de uma capacidade técnica extraordinária, aos 20 anos, é uma das jogadoras mais promissoras da sua geração. Tem uma capacidade notável para inventar jogadas e tanto faz um cabrito como um passe de trivela; tornou-se no jogo com Vietname a jogadora mais jovem de sempre a marcar num Mundial (masculino ou feminino) por Portugal, e entusiasma sempre que toca na bola pelo perfume que lhe coloca. Ficou a dever a si própria mais golos no jogo desta manhã, golos esse que vai marcar ao longo do seu brilhante trajeto que terá de quinas ao peito.
Telma Encarnação
Telma Encarnação é sinónimo de golos, mas o que marcou frente ao Vietname deve ser o mais especial da sua carreira, já que foi o primeiro de Portugal na maior competição do mundo. Com uma relação especial com o golo, a avançada da Madeira é uma jogadora com características especiais (e únicas): remate potente, meia distância admirável; é uma avançada que tanto joga a solo como em equipa, que não tem medo de rematar e que impressiona pela capacidade física que apresenta em campo.
Cristiana Pina
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