Sem surpresas, venham os dinamarqueses!
Um análise à convocatória da Seleção.
116 dias depois do último embate da Seleção das “Quinas”, Roberto Martínez voltou a sentar-se diante dos jornalistas na Cidade do Futebol para anunciar os 26 convocados para o duplo embate frente à seleção da Dinamarca (de Morten Hjulmand e Conrad Harder), a contar para os quartos-de-final da Nations League. Sempre recetivo à mudança, Robert Martinez manteve o núcleo duro da Seleção Nacional, e chamou 26 jogadores, com destaque para o regresso de Geovany Quenda.
Para a baliza lusa, Diogo Costa mantém-se como escolha principal, Rui Silva consolida o “segundo lugar”, apoiando-se nas excelentes exibições desde que chegou ao Sporting CP, e José Sá mantém-se na frente de Ricardo Velho. Por aqui, as surpresas foram poucas.
A defensiva portuguesa conta com as chamadas de Diogo Dalot e Nélson Semedo para a ala direita, devido à lesão de João Cancelo, titular em condições normais, apesar da sua ida para o campeonato saudita, e com Martim Fernandes certamente à espreita. Como centrais, Rúben Dias, Gonçalo Inácio, Renato Veiga e António Silva ocupam as vagas. O central do Benfica “rouba” o lugar ao colega Tomás Araújo que devido à sobrecarga de jogos ficou “em casa”, segundo o Selecionador Português. Diogo Leite parece continuar a ser uma opção inexistente para a Seleção Nacional. Nuno Mendes, o melhor lateral-esquerdo do mundo, e Nuno Tavares integram a ala esquerda. Destaque para a ausência de Raphael Guerreiro, que tem vindo a ter pouca utilização no Bayern Munique.
No miolo João Palhinha, João Neves, Vitinha, Bruno Fernandes e Rúben Neves mantêm-se. Roberto Martinez não arreda pé da opção do jogador do Al-Hilal, apesar de, novamente, se encontrar num campeonato muito abaixo da roda europeia. Jogadores como Florentino Luís, Tomás Händel ou até João Mendes seriam opções bastante válidas, mas é sabido que o técnico espanhol é pouco dado a mudanças, preferindo o núcleo duro que criou desde o início.
Geovany Quenda é a grande surpresa na zona dianteira da Seleção Portuguesa. O jovem português é acompanhado de Francisco Conceição, a regressar de lesão, Bernardo Silva, Pedro Neto, Francisco Trincão, Rafael Leão, Diogo Jota, João Félix, Gonçalo Ramos e Cristiano Ronaldo.
O facto de entrarmos na fase “a eliminar” da Nations League limita o já conservador Roberto Martinez, que volta a convocar jogadores que apesar de uma fraca performance desportiva ao longo da temporada (João Félix e António Silva), justificando as suas chamadas com o que os atletas tendem a fazer com a camisola das “quinas”. O fator “Arábia” continua a ser relevante, mas desta vez (muito devido às lesões) são apenas dois os representantes vindo da Ásia, sendo que há muito que a convocatória de Rúben Neves é debatida (e com razão).
Portugal prepara-se para enfrentar a Dinamarca de Morten Hjulmand e Conrad Harder, em jogo a contar para os quartos-de-final da Nations League, e, apesar de apostar no núcleo duro, alguns terão de ser os jogadores a ficar de fora em ambos os jogos. Também o elevado número de jogadores convocados permite uma maior elasticidade de escolhas ao Selecionador Nacional. Com os 23 habituais convocados, acreditamos que nomes como Francisco Conceição, João Félix, Rúben Neves ou até Geovany Quenda fossem riscados da convocatória.
João Pinto
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