Jude Bellingham – O nascimento de uma estrela
A história de Jude Bellingham é uma inspiração para todos os jovens que sonham em ser jogadores de futebol.
Nascido a 29 de junho de 2003, em Stourbridge, Jude começou sua caminhada no mundo do futebol desde muito cedo. Jude Bellingham cresceu numa família com o futebol no ADN. O pai, Mark Bellingham, era um jogador amador ponta-de-lança (talvez daí o faro a golo), enquanto que a sua mãe, Denise, também tinha uma paixão pelo desporto em si, embora não o praticasse regularmente. Portanto, desde cedo, Jude foi exposto ao mundo do futebol, desenvolvendo por isso, um amor natural pelo jogo. A paixão pelo futebol era também partilhada com o irmão Jobe, dois anos mais novo, fisicamente muito parecido ao irmão assim como nalgumas posições que atualmente desempenha dentro de campo.
Aos sete anos, Jude Bellingham entrou na equipa do local onde vivia, o South Birmingham. O talento natural do jogador inglês rapidamente chamou a atenção dos treinadores, fosse pela versatilidade nas posições em campo, fosse pela técnica que já demonstrava. A determinação em campo, combinada com a sua capacidade de aprender rapidamente ajudou-o a progredir rapidamente pelos escalões de formação.
O jovem talento logo chamou a atenção de clubes de topo. Com apenas nove anos, Jude Bellingham juntou-se ao Birmingham City, um dos principais clubes da sua região. Foi um momento crucial na carreira, pois passou a treinar num ambiente profissional, rodeado por jogadores experientes e treinadores de elite.
Em 2019, aos 16 anos e 38 dias, Jude Bellingham fez sua estreia profissional pelo Birmingham, tornando-se o jogador mais jovem a atuar pelo clube, um feito provocado pelo talento excecional que demonstrava desde tão tenra idade. Sua ascensão meteórica chamou a atenção de vários tubarões europeus.
A temporada 2019/2020 foi um ponto de viragem na sua carreira. Estabeleceu-se como peça fundamental no meio-campo do Birmingham e demonstrou uma maturidade impressionante em campo. A leitura de jogo, visão de jogo e capacidade de recuperação de bolas tornaram-no um dos jogadores mais cobiçados do mercado de verão da época seguinte.
A sua passagem pelo Birmingham terminou com 4 golos e 3 assistências em 44 jogos realizados, no entanto, os dirigentes do seu clube de infância conseguiram (e bem) prever o futuro do médio inglês, retirando o número utilizado por Bellingham até ao momento, o 22. Veremos se o próximo jogador a utilizar tal número não será o mesmo, num regresso ao clube já no término da sua carreira…
Em julho de 2020, Jude Bellingham deu um grande passo em sua carreira ao assinar com o Borussia Dortmund por 23 milhões de euros, um dos clubes mais prestigiados da Bundesliga. A transferência marcou sua transição para o futebol europeu de alto nível. A mudança para a Alemanha representou uma mudança não só no jogador, mas também na pessoa. O desenvolvimento e amadurecimento de Jude Bellingham foi bastante vistoso. Mesmo tendo que adaptar-se a um novo país, cultura e estilo de jogo, a sua determinação inabalou qualquer impacto que tais circunstâncias pudessem provocar.
Sob a tutela do treinador Lucien Favre e Marco Rose, Jude Bellingham continuou a evoluir como jogador. A sua versatilidade no meio-campo, capacidade de marcar golos e fazer assistências rapidamente o tornaram numa peça-chave no esquema tático do Borussia Dortmund. Nesta última temporada com Edin Terzic, Bellingham apontou uns notáveis 14 golos e 6 assistências, para além de ter levado o Dortmund à possibilidade de se sagrar campeão, algo que foi por água a baixo mesmo na última jornada da Bundesliga.
A ascensão de Jude Bellingham no cenário internacional também foi notável. Ele rapidamente se estreou seleção sub-21 da Inglaterra e, eventualmente, fez sua estreia na seleção principal. Sua convocação para a Euro 2020, ainda como um jovem jogador, refletiu seu potencial e o respeito que havia conquistado dos treinadores e colegas de equipe.
Jude Bellingham é visto como um jogador versátil e completo, capaz de desempenhar várias funções no campo. Não é possível classificá-lo, neste momento da sua carreira, como um médio puro, seja 6, 8 ou 10. A verdade é que se juntássemos todas as características de cada uma dessas posições e triturássemos muito bem, sai-nos de lá Bellingham (seria necessário temperar com um pouco de finalização para fazer jus à peça).
Para mim, Bellingham é jogador que tem de ser livre em campo. A capacidade de recuperação, com o físico e a intensidade que o caracterizam, permitem ao treinador ter um tanque dentro de campo com combustível inesgotável. Assim como a sua leitura de jogo, qualidade no passe, sentido de oportunidade e inteligência em quebrar linhas defensivas e finalização permitem ao treinador ter um jogador que decide jogos de um momento para o outro.
Esta é precisamente a realidade que estamos todos a presenciar no Real Madrid, 4 jogos, 4 golos, 1 assistência, com um bis decisivo e dois golos no fim do jogo a valer os 3 pontos para os madridistas. Claro que com estes episódios e todas as exibições, Jude Bellingham já convenceu todos os adeptos do Real Madrid que pudessem estar de pé atrás em relação aos mais de 100 milhões gastos no inglês.
O seu irmão Jobe, depois de se ter estreado também no Birmingham com tenra idade, transferiu-se este verão para o Sunderland, onde em 6 jogos já apontou 2 golos. Inevitavelmente, a pergunta surge: será tão bom ou melhor que o irmão? teremos um encontro dos irmãos Bellingham no topo do futebol mundial? Perguntas que serão respondidas em poucos anos e, acredito eu, de forma positiva…
Miguel Rocha
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