Quanto custa fazer um campeão?
Numa era em que ser candidato a títulos acarreta custo, os rivais de Manchester, o PSG, o Chelsea e o Arsenal encabeçam a lista de clubes com maior prejuízo nos últimos 10 anos.
Depois da conquista da Champions League pelo Manchester City, voltou-se a ouvir o burburinho que sempre se ouve quando, o mesmo City, recheia um pouco mais a sua sala de troféus. São acusações de falta de história e de que equipas como esta (por norma a crítica é também muito feita ao PSG) deixam as taças onde tocam “escorregadias” por causa do petróleo dos seus investidores. Ligado a este tema, vem também a conversa do futebol moderno, elitista e que tira a bola do centro das atenções. A questão que fica é: quanto do sucesso deste City, deste PSG e afins, de facto, vem aliado ao bom planeamento e à capacidade de criar bons projetos desportivos e quanto é que vem diretamente do fundo de poços construídos em países como a Arábia Saudita e o Qatar.
Petróleo, suor e lágrimas
7 é o número de vezes que o Manchester City foi coroado como melhor equipa em Inglaterra desde a compra do clube pelo Sheik Mansour. Antes disso, a equipa que pinta a cidade de Manchester de azul apenas tinha dois campeonatos ingleses, ganhos com 31 anos de diferença. Em 1967, o City é coroado campeão e começa, embora não saiba, um jejum que duraria cerca de 44 anos, até 2011. No entanto, os anos 70 foram positivos para a equipa com a conquista de algumas taças e algumas glórias – uma taça das taças na viragem da década, duas taças da liga e uma supertaça. Até à derradeira época do título, o Manchester City ocupou duas vezes o pódio (76/77 e 10/11), sendo que na época de 76/77, termina mesmo a apenas 1 ponto do 1º lugar.

Alguns anos e algumas campanhas medianas depois, o City foi começando a fazer de ioiô, com algumas subidas e descidas até que na época de 95/96 desce para a 2ª divisão e duas épocas depois, para a 3ª. A ascensão até à Premier dá-se dois anos depois com duas subidas seguidas e o Manchester City acaba por estabelecer-se como um clube de Premier, ainda antes da sua compra em 2007 – desde então a sua história é conhecida e um pouco apupada.
Para surpresa de muitos, antes da sua compra, o City era tido como a equipa não global de Manchester, a equipa que era do povo e que não era um símbolo quase corporativo, como o seu rival, o United. A equipa vermelha de Manchester era um clube de sucesso a nível global e casa de muitas histórias, estrelas e troféus. Contrariamente ao que hoje se afirma, a base do clube era feita de apaixonados – aquando da sua estadia na terceira divisão, o clube teve uma média de quase 30 mil espetadores contra os 8 mil espetadores médios que os restantes clubes da liga tinham.
Faz o que te digo, não faças o que eu faço
11 de fevereiro de 2023. Joga-se, no Emirates Stadium, um Arsenal x Brentford. Uma das claques da equipa da casa dispõe uma tarja negra onde se lê: “Arsenal FC. Class and tradition. Something oil money can’t buy”, numa alusão ao seu rival Man. City.
A crítica, no vazio, tem a sua justiça: a tradição e a história de um clube não se fabricam com sucessivos investimentos. E é normal o desconforto que se gera quando, entre os grandes, se junta uma equipa que, no passado recente (leia-se, nos últimos 40 anos), não tenha feito parte da elite do costume e tudo devido a investimento que os restantes grandes não dispuseram a fazer. A crítica é válida: o City faz a sua aproximação aos grandes depois de ser comprado e de fazer um largo investimento, que os outros grandes, em boa parte não fizeram:
A diferença é clara e pese algum comedimento depois da época do título, o City é claramente o maior gastador durante o período a que se seguiu a sua compra. Até aqui não existe grande margem em relação àquilo que aconteceu. A compra de jogadores sonantes e os patrocínios do Médio Oriente colocaram os citizens no topo de Inglaterra. Em relação a isso, nada a dizer.
No entanto, existem 2 partes da crítica feita pela tarja dos fãs do Arsenal que não se compreendem. Os citizens têm história. Diferente, menos rica em títulos, mas ela existe. Não falamos de um clube criado nos anos 2000 afiliado a outros, com uma bebida energética a tecer a união entre todos – para ler mais sobre o projeto da Red Bull, Leipzig e afins, ler este artigo. De facto, há tradição em Manchester, seja ela vermelha ou azul.
Existe, ainda, outra questão na crítica feita pelos adeptos dos Gunners. Ao repararem na tarja a ser erguida, alguns comentadores, na altura, comentaram a curiosa coincidência de a tarja ter sido levantada no estádio patrocinado pela Emirates Airlines – patrocínio esse que vale 200 milhões de libras e tem origem nos Emirados Árabes Unidos, país do qual o dono do City é vice primeiro-ministro. Para pôr ainda mais em causa a moralidade de quem critica, à data deste episódio já havia sido inúmeras vezes posto em causa a moralidade da direção dos Gunners, devido à sua parceria com a Visit Rwanda. A equipa de Londres foi acusada de fazer sporstwashing e de ser conivente com um regime cheio de falhas em questões de direitos humanos.
Para além do já mencionado ficam a pairar questões. Que dizer do volume de investimento do United nos últimos 10 anos? Quem pode criticar parcerias e investimentos, e que investimentos é que são condenáveis? Newcastle e Chelsea à boleia de dinheiro saudita e, no segundo caso, russo, são criticáveis também? A imoralidade está na quantidade ou na origem do dinheiro?...
O prejuízo de se ser “grande”
Deixando as moralidades de lado, analisemos os dados sobre os prejuízos e lucros das equipas que mais gastos sem retorno tiveram na última década. Fora uma ou outra equipa um pouco outsider, todas as equipas mencionadas no gráfico acima espantam poucas pessoas. São perdas na ordem dos mil milhões, em certos casos e, na maioria deles, a tendência é crescente nos últimos anos.

É muito curioso ver que, as 2 equipas que mais gastaram na última década são rivais e, nesses mesmos 10 anos tiveram resultados totalmente diferentes um do outro. Dos 5 maiores gastadores, 4 estão no futebol inglês e dos 10 clubes com mais prejuízo, 6 são ingleses. Destaque também para o PSG, que falaremos um pouco mais à frente, com o terceiro maior prejuízo da última década sem que isso se tenha traduzido em sucesso desportivo – pelo menos sucesso equivalente ao orçamento de que dispõem.
“Nobody can compete financially with them” – Jurgen Klopp, sobre o Man. City
Nas terras em que o chá das 17h é tradição, podemos notar que existem três grandes gastadores que raramente procuraram retorno: os rivais de Manchester e o Chelsea.
No caso da equipa de Londres, durante a última década foram conquistadas duas Premiers, uma Liga dos Campeões – com final no Porto – numa final disputada frente ao City, 2 Ligas Europa, 1 FA Cup, 1 Taça da liga, 1 mundial de clubes e 1 supertaça europeia. De facto, o projeto dos blues tem tido sucesso. A questão que paira tem mais que ver sobre os recentes investimentos – mais de 500 mil milhões no último ano desportivo – que culminaram numa época totalmente fracassada, tendo ficado em 12º lugar – não havia tido um resultado tão negativo desde a época de 93/94, em que terminam em 14º. A falta de um plano desportivo consistente, a falta de crença nos treinadores contratados e a desorientação desportiva foram fundamentais para a desgraça desportiva da última época. O Chelsea, depois da sua compra em 2003 por Abramovich, tornou-se uma potência tal que, apenas nove épocas depois do começo da era de Abramovich no clube, é que este acabou fora do pódio da Premier. O investimento não foi contínuo, tendo existido algum comedimento com os gastos depois da 1ª saída de Mourinho dos blues, mas, na última década, tem sido um crescente, com alguns anos de exceção. Outro fator que resulta na necessidade de fazer tamanhos gastos para se manter competitivo é o facto de a equipa de Londres ter, por várias vezes, deixado sair remessas de talento sem se aperceber – falamos de Kevin de Bruyne, Lukaku, Salah… - que certamente teriam feito diferença uns anos mais tarde.
Em Manchester, encontramos o United, um dos projetos que na última década mais dores de crescimento teve devido à saída de Ferguson. Com a chegada em peso de um rival na cidade, desde 2013, a última época de Alex Fergusson como treinador no United, que a equipa dos red devils não levanta a Premier. São dez épocas de sucessivos gastos que aparentam não ter o retorno devido. A compra de jogadores como Maguire, Van de Beek, Di Maria, Depay e Pogba mostrou-se difícil de compreender, com diversos casos de sub-rendimento, de compras inflacionadas e de jogadores que nunca colmataram as expetativas postas em si. Desde 2013 que o United tem tido dificuldade em afirmar-se como um verdadeiro candidato ao título até ao último dia de competição, tendo, no entanto, conseguido ocupar um pouco mais a cabine de troféus do clube com 2 supertaças, 1 FA Cup, 1 Liga Europa e 2 Taças da liga. As conquistas feitas não justificam, de longe, o facto de o United ser o clube com maior prejuízo na última década de futebol no mundo. Não comparemos este caso com o falado antes: o Chelsea. Para além de mais comedido, conseguiu ter muito mais sucesso que a equipa do devils na última década, tendo sido mais consistente também nos resultados que fez – a época passada e a de 15/16 são exceções.
No meio de tudo isto o City acaba por ser o claro dominante da nova era no futebol inglês: entre a época 12/13 e a 22/23 são 6 Premiers, 2 FA Cups, 6 Taças da liga, 3 Supertaças e, o culminar de um projeto desportivo com muito mais que dinheiro à mistura, 1 Liga dos Campeões. O projeto criado pelo City, com Guardiola ao comando tem-se vindo a confirmar como um dos projetos desportivos mais bem construído e com melhores pernas para andar nos próximos anos. Depois da revitalização do Liverpool nas mãos de Klopp, o City teve que se bater frente à equipa de Liverpool diversas vezes, tendo saído com vantagem de sobra. Os anos mais recentes demonstram uma intenção em diminuir os prejuízos e aumentar o talento futuro, não apostando as fichas todas no imediato. As compras de Haaland, Akanji e Álvarez este ano são exemplo disso, com custos reduzidos – para o paradigma inglês – e o aproveitamento total dos jogadores. Apesar disso, foram vários os negócios sonantes na era de Guardiola, com destaque para Grealish, comprado por €117M o ano passado. O núcleo duro da equipa que o treinador espanhol tem agora em mãos foi todo escolhido por si e pela sua equipa, sendo o City, um projeto, acima de tudo, de Guardiola, para o bem e para o mal.
Os novos ricos
Nos “novos ricos” ingleses temos “velhos ricos”, temos tradição, temos muito jejum e sobretudo, vontade de gastar. O título é de “novos ricos” mas não pela novidade nestas conhecidas “caras” inglesas – apenas há novidade nos gastos e, em alguns casos, nas conquistas ou patamares atingidos nos últimos anos. Na imagem acima temos os prejuízos de 4 clubes ingleses que também gastaram mundos e fundos para alcançar um novo nível dentro de Inglaterra e na Europa, nos últimos anos, sem terem que se preocupar em rentabilizar as perdas.
Por um lado, em Londres, temos o vermelho a ganhar brilho, com o abraço do projeto de Arteta que, depois de dois 8ºs lugares, um 5º e uma boa quantidade de investimento, disputou, e de que forma, o título da Premier como nos velhos tempos. A equipa treinada por Arteta não foi campeã, mas ganhou novos e reconquistou antigos corações com uma das melhores primeiras voltas de campeonato de um clube Europeu este ano. Para o ano teremos o hino da Champions a tocar no Emirates – é certo que este prémio de consolação sabe a pouco depois de liderar a liga até à reta final – mas há esperança e confiança no projeto dos Gunners. Com Arteta no comando, já foram adicionados dois troféus ao palmarés do Arsenal – uma FA Cup e uma Supertaça.
Depois de falar em Arsenal, porque não falar dos seus rivais londrinos, o Tottenham. Não temendo ser injusto, podemos afirmar que esta é o clube dos que gastam como nunca e falham como sempre. A equipa que completa o North London Derby tem feito épocas muito aquém do esperado, acusando alguma saudade de Pochettino, o único treinador a conseguir colocar esta equipa no pódio desde que existe Premier League, com direito a dois terceiros lugares e um segundo. Desde Poche que tem faltado a confiança na criação de um projeto com continuidade: Mourinho e Conte, duas grandes apostas da direção, não deram os frutos desejados. De relembrar que, na última ocasião em que o Tottenham esteve perto de ocupar a sua modesta sala de troféus, com Mourinho a colocar a equipa na final de uma taça da liga – podendo dar fim a um jejum de troféus que vem desde 2008 – a direção achou por bem despedir o treinador português menos de uma semana antes da final que a equipa de Pep Guardiola acabaria por vencer.
Sem nunca sair de Londres, falemos agora do West Ham. Desde a sua última subida para a 1ª divisão inglesa que a equipa do West Ham tem sido habitual presença nos lugares de meia tabela. Desde a chegada de Moyes que a equipa tem conseguido fazer resultados bons para a realidade que vive: evitou a despromoção numa época de 2019/2020 pouco positiva e com uma reta final absolutamente decisiva na manutenção, seguindo-se um sétimo e um sexto lugar nos anos seguintes. Para a época que findou, o West Ham trouxe para a mesa €200M em contratações – destaque para Paquetá, Scamacca e Aguerd. Olhando para a sua classificação na liga, um mero 14º lugar, ficamos com sensação de desperdício de recursos, mas falando com os fãs da equipa londrina ficamos convencidos do contrário: a equipa foi finalista e vencedora da Conference League, aventura que terminou com a felicidade dos fãs dos Hammers. Para o ano há europa e o West Ham será posto à prova numa época que será, certamente muito desafiante.
Para terminar com o futebol inglês, falamos daquela que terá sido a equipa sensação do futebol inglês na última época: o Newcastle. Desde que está ininterruptamente no escalão mais alto inglês, a equipa do norte de Inglaterra foi a definição de equipa de meio da tabela: um 10º lugar, dois 13ºs, um 12º e um 11º, por esta ordem. No entanto, o projeto desportivo que já mostrava intentos de lutar por algo mais que o meio da tabela, depois de colocar Isak, Trippier, Almiron, Bruno Guimarães, Wilson e companhia juntos, jogou à bola como nunca. Um merecido 4º lugar, que só não foi 3º pois o United apertou o cinto e acelerou enquanto que o Newcastle apenas fez 3 pontos nos quatro últimos jogos, deixando-se passar pela turma de Ten Hag. O Newcastle volta a ocupar, para o ano, as noites de 3ª e 4ª feiras com futebol europeu, depois de 11 anos sem visitar a Europa. A última vez foi numa edição da liga Europa em que defrontou o Marítimo e o Benfica, nunca tendo vencido nenhuma das equipas – empatou em casa e fora frente ao Marítimo e, contra o Benfica, empatou em Inglaterra e veio a Portugal perder. Na Champions, a última participação foi mesmo em 2002/2003, tendo chegado à segunda fase de grupos – fase já não disputada no modelo de Champions atual.
Começar a época, ser eliminado da Champions, desistir.
O chá terminou e agora, para uma última paragem, visitamos a cidade de excessos e de luxos, a capital francesa, Paris. Quando, em 1970 Paris era uma cidade sem (bom) futebol, duas equipas da cidade decidiram juntar-se com o objetivo de levar a capital francesa à glória futebolística. Pois bem, assim foi. Nos primeiros 10 anos do clube, este passou da 2ª divisão para a 1ª, cimentando-se na mais alta divisão do futebol francês. Em 81/82 e 82/83 o PSG chegou às primeiras taças, ambas Taças de França. O embalo foi suficiente para anos depois chegar ao primeiro título de campeão nacional em 85/86. Em 1991, o Canal+ tornou-se patrocinador da equipa e vieram anos de glória com um pouco de azedo à mistura. Até à compra por um fundo de investimento do Estado do Qatar em 2011, o PSG ganhou taças da liga e de França, foi campeão nacional em 93/94, contratou estrelas, venceu uma Taça das Taças em 95/96, mas teve também que lutar para evitar a despromoção em 06/07 e 07/08. Até aqui foi uma história de altos e baixos, com um pouco de tudo.
2011. A Qatar Sports Investments compra o PSG. Desde então, de 12 campeonatos possíveis, os parisienses vencem 9 com mais 21 títulos à mistura, entre supertaças, Taças da Liga e Taças de França. Zlatan, Mbappé, Neymar e Messi, são os jogadores de maior gabarito a serem trazidos para Paris desde então, dando a ideia de que o PSG apenas quer os melhores para a sua equipa. O objetivo é claro: a Liga dos Campeões. Depois de dominarem o futebol interno o objetivo máximo do PSG é vencer a maior competição de clubes do mundo. Desde a compra participou 11 vezes, tendo apenas por uma vez disputado a prova até ao último jogo – onde perdeu ao sofrer um golo de um ex-jogador seu, retirado do plantel por não haver espaço para si depois da chegada de Mbappé e Neymar.
A cada ano que passa fica uma sensação de que, saindo das competições europeias, o PSG deixa de ter objetivo para a época. A desilusão toma os jogadores e o clube, que vê o barco da liga milionária partir para outros portos. Exemplo disso são os festejos de campeão dos adeptos e jogadores ano após ano, pouquíssimo efusivos e paupérrimos. Isto, pois, sem Champions, não há, na ótica destes adeptos, muito a celebrar.
De certa forma, este projeto tem semelhanças ao do City. A origem do dinheiro, a intensidade dos investimentos e a data de compra de ambos os clubes são bastante semelhantes. Até a fase de ingenuidade inicial de ambos nas suas novas eras em que a crença era de que apenas investimento e a contratação de craques para o momento eram a fórmula para o sucesso, são semelhantes. A diferença tem que ver com o amadurecimento de cada um dos projetos e, por consequência, as conquistas de cada um. O City criou um projeto, criou uma ideia e juntou os atores certos para a sua peça, escrita por um dos melhores dramaturgos do futebol, Guardiola. O PSG ainda não tem um guião escrito e já contratou os melhores atores de cada estilo, com os maiores egos, cada um, sem antes se questionar se funcionavam juntos. Não existe um projeto consistente a nível desportivo. Existe pressa, a mesma que o City teve para chegar ao topo da Europa. Mas mesmo assim, esse mesmo City decidiu acreditar no processo. Aliás, há uma expressão que vem, se não estou em erro, da NBA, em relação a uma equipa, os 76ers, que é exatamente essa: “Trust the process”. Mas para acreditar num projeto, é preciso criá-lo, com pés e cabeça, sem impaciências e com a necessidade de compreender que existirão dores de crescimento.
Um exercício de “adivinhismo”
Para evitar que se olhassem para realidades demasiado distintas, apenas foram incluídos alguns dos clubes que mais investiram na última década. Desta forma, foi analisada a realidade em Inglaterra e a de uma equipa que gasta como se também fosse inglesa.
Os próximos anos do campeonato inglês serão excitantes. Será altura de perceber quanto mais tempo dura a era de Pep no City, quando é que o United vai, ao fim de tantos anos, voltar a erguer o título de campeão, qual a forma que vai apresentar um Arsenal emocionalmente devastado, que viu a sua melhor oportunidade de ser campeão dos últimos 20 anos desaparecer por incompetência própria e quanta gasolina terá o Newcastle para andar. Do lado menos excitante, estão Tottenham e Chelsea. Será que estamos a testemunhar uma crise de largos anos no Chelsea? São dificuldades de adaptação a um novo projeto (ainda) sem rumo? Ainda em Londres, temos uma equipa que não vence há demasiado tempo. Quanto mais durará o jejum do Tottenham?
Em França, a questão que fica é a mesma que coloquei há pouco: quando é que o projeto vai chegar à idade adulta e da maturidade? Será que é um “quando chegará” ou mais um “será que alguma vez irá chegar”?
Os dados referentes a valores de transferências utilizados para a realização deste artigo podem ser encontrados no site do Transfermaket.
Pedro Brites
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