A Tuga Não Esquece: Leandro Romagnoli
A Tuga Não Esquece recria a vibe "the streets won’t forget" e relembra, a cada duas semanas à segunda-feira, vários jogadores icónicos. Desta vez, lembramos o argentino que encantou Alvalade.
Do calor sul-americano chegou nos últimos dias de 2005 a Portugal Leandro Romagnoli. Apresentado ao lado de um tal Abel Ferreira, o Sporting fechava um empréstimo de época e meia com o Vera Cruz do México. “Adaptar-me rápido e deixar uma imagem tão boa quanto Beto Acosta ou Facundo Quiroga” foram os desejos deste ainda jovem de 25 anos.
Chegando numa altura onde as competições europeias já estavam riscadas, e onde o campeonato parecia complicado (quase 10 pontos de desvantagem para o primeiro classificado), aquela foi a meia época de adaptação.
Nos três anos seguintes, o baixinho de Buenos Aires, ou “Pipi” como era conhecido na gíria, encantava Alvalade. Com um drible curto, de “rua”, colocava a bola onde queria, assumindo em pouco tempo a cobrança de todas as bolas paradas dos leões de Paulo Bento, aliando ainda uma velocidade acima da média, que usava para ganhar muitas faltas, ao estilo argentino.
Não sendo o mais goleador (12 golos em quatro temporadas), “Pipi” destacava-se pelo virtuosismo e facilidade em encontrar espaços, assistindo quase vinte golos no período em que jogou em terras lusas, sendo ainda chamado por mais de uma dezena de vezes à seleção argentina.
Foram três anos e meio de verde e branco, e quatro “canecos” (duas Supertaças e duas Taças de Portugal) levados para casa, quando regressou ao clube de coração, o San Lorenzo. Atualmente, é o próprio treinador do clube.
A Tuga certamente não esquece Leandro Romagnoli, o “Pipi” de San Lorenzo, com a sua batuta mágica que encantava a jogar na frente dos médios, sendo aquele “10” puro que atualmente se mostra tão difícil encontrar.
João Pinto
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